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Meu Furacão É Você

Язык: Неизвестно
Тип: Текст
Год издания: 2021
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Meu Furacão É Você
Victory Storm

Após quatro anos de separação, Kira volta para seu melhor amigo em Princeton, mas aquele que ela encontrará não é mais aquele menino doce e frágil, submetido à violência do pai, mas um rapaz de dezessete anos, com raiva do mundo inteiro e de si mesmo. Kira conseguirá apagar esse ódio e ensiná-lo a amar?

LUCAS. Kira foi embora há quatro anos, me deixando sozinho no pior momento da minha vida. Nunca a perdoarei por isso. Ela voltou agora e todo o ódio que sinto, me faz ficar longe dela. Contudo, toda vez que ela olha para mim, eu me sinto confuso, perdido e assustado, mas não posso esquecer quem sou: sou apenas uma mercadoria estragada e ninguém poderia amar um cara como eu. KIRA. Após quatro anos de distância e desespero por causa daquela partida forçada, finalmente voltei para Lucas. Mas as coisas mudaram agora e me tornei vítima do seu bullying. Quem é aquele menino que só conhece violência e que usa as garotas apenas para transar com elas? Não sei o que aconteceu, mas farei o que puder para apagar o ódio que vejo em seus olhos e que o mantém longe de mim.

Victory Storm

MEU FURACÃO É VOCÊ

MEU FURACÃO É VOCÊ

Victory Storm

Após quatro anos de separação, Kira volta para seu melhor amigo em Princeton, mas aquele que ela encontrará não é mais aquele menino doce e frágil, submetido à violência do pai, mas um rapaz de dezessete anos, com raiva do mundo inteiro e de si mesmo. Kira conseguirá apagar esse ódio e ensiná-lo a amar?

LUCAS. Kira foi embora há quatro anos, me deixando sozinho no pior momento da minha vida. Nunca a perdoarei por isso. Ela voltou agora e todo o ódio que sinto, me faz ficar longe dela. Contudo, toda vez que ela olha para mim, eu me sinto confuso, perdido e assustado, mas não posso esquecer quem sou: sou apenas uma mercadoria estragada e ninguém poderia amar um cara como eu.

KIRA. Após quatro anos de distância e desespero por causa daquela partida forçada, finalmente voltei para Lucas. Mas as coisas mudaram agora e me tornei vítima do seu bullying. Quem é aquele menino que só conhece violência e que usa as garotas apenas para transar com elas? Não sei o que aconteceu, mas farei o que puder para apagar o ódio que vejo em seus olhos e que o mantém longe de mim.

©2021 Victory Storm

E-mail: victorystorm83@gmail.com

Site web: www.victorystorm.com

Editora: Tektime

Tradutora: Ju Pinheiro

Capa: Homem elegante com torso musculoso usando um moletom com capuz Di Nejron Photo-https://stock.adobe.com

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro deve ser reproduzida ou divulgada em quaisquer formas, fotocópias, microfilmes ou por quaisquer outros meios, sem a permissão da autora.

Esta é uma obra de ficção. Personagens e lugares são produtos da imaginação da autora e são usados para dar veracidade à narração. Qualquer semelhança com eventos, lugares e pessoas reais, vivas ou mortas, é mera coincidência.

LUCAS

Princeton, Kentucky, 28 de setembro de 2010

Um furacão.

Foi o que Lucas pensou diante da bravura da garota desconhecida que se interpunha entre ele e seu pai.

— Tente bater nele de novo e irei denunciá-lo à polícia! — gritou aquele tornado furioso, fazendo até Lucas pular. O menino ainda estava pressionando a mão na bochecha, inchada e vermelha por causa do último tapa que tinha recebido. O homem riu com força, enfrentando aquela ameaça tola. Aquele som rouco e mordaz fez Lucas sentir arrepios nas costas, forçando-o a se esconder de maneira covarde atrás da sua salvadora alta, que não parecia nem um pouco assustada com o comportamento falsamente divertido do seu pai. Contudo, Lucas o conhecia muito bem e compreendia perfeitamente o que viria depois dessa risada de barítono e ainda mais depois de ameaças tão públicas. Em um ímpeto de coragem, ele pegou a mochila da sua salvadora e tentou jogá-la fora antes que seu pai perdesse a calma mais uma vez e levantasse a mão, ou pior, seu cinto, para ela também.

— Cuidado com o que você está dizendo, pirralha! — advertiu o homem, ficando de repente sério e aproximando-se ainda mais dela.

— É você quem deve ter cuidado com o que faz ou vou contar a mamãe e ela o enviará para a prisão junto com todos os pais violentos que batem em seus filhos — desafiou ela mais uma vez, com uma voz delicada, mas, ao mesmo tempo, feroz, decidida a não se deixar assustar por aquele parasita.

— O que você disse? — explodiu o homem com raiva, curvando-se sobre aquela pequena criatura que torceu o nariz para o hálito com cheiro de álcool que saía da sua boca. E então veio o suspiro do seu pai. O suspiro que Lucas conhecia muito bem: aquele sibilo vibrante e rígido que sempre acabava em um gesto violento contra qualquer coisa ao seu redor. Ele lançou um olhar furtivo para o rosto orgulhoso e perfeito da garota, que não havia recuado nem um centímetro, continuando a protegê-lo e mantê-lo seguro atrás das suas costas, que estavam ligeiramente curvadas com o peso dos livros na mochila. Os olhos dele permaneceram em seus lábios rosados e perfeitos, a boca pequena e em formato de coração, sem nenhuma cicatriz ou marcas de violência. As feições dela eram um pouco estranhas de acordo com Lucas, mas, ao mesmo tempo, curiosas e ele gostaria de poder ver seu rosto melhor, mas a respiração ofegante e trêmula do seu pai o dominava. Contendo seu medo e os gemidos de dor que continuavam saindo da sua boca, ele tomou coragem e com uma força que nunca tinha sentido, conseguiu empurrar sua salvadora para o lado bem a tempo, antes que a mão de seu pai voasse impiedosamente para o rosto da garota.

— Deixe-a ir! — gritou seu filho, reunindo suas forças em um grito desesperado. Ele sabia que não poderia fazer nada contra seu pai, mas jurou para si mesmo que faria tudo que pudesse para proteger aquela garota inocente, que provou ser tola o suficiente para enfrentar o temperamental e poderoso Darren Scott.

— Você não pode me dar nenhuma ordem, entendeu? Você é apenas um menino tolo que acabará como sua mãe fracassada! — disse seu pai com raiva, agarrando-o de maneira abrupta pelo pescoço. Apenas alguns meses haviam se passado desde que eles encontraram a mãe dele dormindo na banheira cheia de água. Ele havia ficado perplexo no início, quando viu sua mãe completamente vestida na banheira, mas tudo assumiu um significado diferente mais tarde, depois que seu pai entrou. Ele ainda achava difícil colocar suas lembranças em ordem . Ele só conseguia se lembrar dos gritos angustiantes e enfurecidos do pai, enquanto ele tirava a esposa da água e chamava Rosalinda, a empregada, que estava chorando e gritando que a casa estava amaldiçoada, enquanto corria para chamar a ambulância. Então tudo ficou nebuloso até o funeral da sua mãe.

Ele não sabia se tinha chorado ou não, mas conseguia se lembrar de que, quando voltaram do cemitério naquela noite, seu pai havia se embebedado mais do que normalmente fazia e começou a gritar com ele, dizendo que ele era um perdedor igual a mãe, que fora tão covarde a ponto de se suicidar, deixando-o sozinho para cuidar de um filho que ele nunca quis e que poderia até ser um bastardo na sua opinião, considerando o passado vergonhoso e devasso da cobra com a qual ele havia se casado há dez anos.

Naquela noite, trancado em seu quarto e escondido debaixo dos lençóis, ele começou a tremer e chamar pela mãe de maneira descontrolada, esperando que ela viesse resgatá-lo.

Infelizmente, seu sonho não se tornou realidade, como também nunca tinha acontecido quando ela estava viva, então ele apenas continuou chorando até que sentiu que sua barriga e cabeça doíam.

Agora, as palavras do seu pai o atingiam de maneira tão violenta quanto naquela noite.

Ele mordeu o lábio inferior para evitar o choro, mas finalmente as lágrimas começaram a fluir de maneira abundante.

— Pai, não a machuque. Por favor — implorou ele, soluçando e escondendo o rosto na manga da jaqueta para impedir que aquela garota, que era mais corajosa do que ele, visse.

— Meu filho está chorando por uma mulher! Isso é que é novidade! Você é um fraco. Adivinha? Você vai voltar para casa sozinho, assim aprenderá a não me desobedecer e não ficar contra mim! — decidiu o homem, dando meia volta e caminhando para o carro com passos instáveis porque tinha bebido muito naquela tarde.

— Espere, pai! — Lucas tentou detê-lo, assustado com a ideia de voltar para casa sozinho, mas seu pai já tinha caminhado até a porta do carro e entrado, sem nem olhar para ele, deixando o filho de nove anos tremendo e chorando à beira da rua.

— Não se preocupe. Minha mãe vai levá-lo para casa de carro — disse a jovem garota, tentando acalmá-lo. Ela havia se afastado, observando a cena toda.

Sua voz doce e gentil foi capaz de acalmar o sofrimento de Lucas, então ele parou de chorar.

Sem proferir qualquer palavra, ele sentiu a mão quente e macia da garota segurar a sua mão fria e trêmula.

Com os olhos ainda embaçados de lágrimas, ele permitiu que ela o arrastasse até a fonte no playground vazio da escola. Ele a viu tirar um lenço Hello Kitty do seu avental rosa e umedecê-lo sob a bica da pequena fonte.

Depois, com uma doçura desconhecida para ele, ela esfregou o lenço molhado e fresco em seu rosto e olhos.

— Minha mãe me faz lavar os olhos depois que eu choro, para evitar que fiquem inchados e vermelhos — explicou ela com doçura para ele, enquanto continuava umedecendo seus olhos com o pano encharcado.

Quando a jovem considerou a limpeza satisfatória, ela pegou outro lenço limpo e passado da mochila. Ela o desdobrou e usou para limpar o rosto dele com gentileza.

Estupefato e feliz por aqueles toques inesperados e relaxantes, ele se permitiu ser lavado e enxugado, enquanto ficava parado como um boneco.

O vento cortante do outono estava soprando com força naquela tarde, mas Lucas se viu sorrindo feliz por aquela nova carícia que o céu também queria lhe dar.

Tranquilo como não se sentia há meses, ele abriu os olhos e conseguiu olhar nos olhos da sua salvadora, naquele furacão que havia se transformado em uma brisa fresca de primavera naquele momento, com seus gestos amáveis e gentis.

Ele olhou para ela por um longo momento, até que sua memória conseguiu lembrar o nome daquela garota: Kira. Ela era a garota nova que sentava na terceira fileira atrás dele na sala de aula.

— Seu rosto é estranho — declarou Lucas, deixando seus olhos deslizarem para aquela garota que era mais de dez centímetros mais alta do que ele. Embora ela fosse magra e muito alta, seu rosto era largo e redondo e se destacava naquele corpo magro e pequeno que se curvava sob o peso da mochila.

Sua pele era muito clara, mas as bochechas estavam avermelhadas pelo frio e sua boca pequena em forma de coração estava tensa e rígida, enquanto ela estava concentrada em dobrar os dois lenços.

Lucas demorou-se com curiosidade naqueles lábios pequenos e carnudos, se perguntando se ela conseguia comer algo maior do que uma migalha.

Mas a característica que mais o encantou foram os olhos ligeiramente meio abertos, com seu estranho formato amendoado. Mesmo que estivessem escondidos por uma franja preta reta, um pouco comprida demais, ele conseguiu distinguir dois olhos castanhos muito brilhantes com tons verde escuro, lembrando-o dos bosques no lago Westurian, onde seu pai possuía uma casa que eles usavam para passar o verão até dois anos antes.

Com um gesto zangado e um resmungo que jogou sua franja para trás, a garota olhou para ele, um pouco magoada.

— E você é baixo para um menino — respondeu a jovem, cruzando os braços.

— Você não parece americana. — Lucas tentou explicar, gaguejando enquanto falava.

— Desculpe, mas você não prestou atenção esta manhã, quando nosso professor me apresentou à turma?

Lucas não se atreveu a dizer que tinha adormecido porque seu pai o manteve acordado a noite toda com seus resmungos de bêbado.

Colocando as mãos nos quadris em um gesto desafiador e enchendo os pulmões com uma respiração profunda, a garota resumiu seu discurso matinal, esperando que desta vez se fixasse na mente do seu novo colega de classe.

— Meu nome é Kira Yoshida. Tenho nove anos de idade. Meu pai é japonês e trabalha para o exército enquanto minha mãe é americana e é assistente social.

— É por isso que seu rosto parece estranho. Você é japonesa — exclamou Lucas com alegria.

— Meu rosto não é estranho! Mãe diz que puxei as feições do meu pai, mas a cor dos meus olhos e meu caráter são dela. Aliás, eu estava dizendo que sou meio japonesa e meio americana. Posso falar japonês e inglês bem e frequentei a Escola Internacional em Tóquio, até meu pai ser transferido pelos próximos quatro anos para treinar os novos recrutas que protegem as embaixadas americanas no mundo. Minha mãe não queria ficar sozinha em Tóquio, então nos mudamos para cá com meu pai, embora ele quase nunca fique em casa. Sou boa na escola, embora seja melhor escrevendo ideogramas japoneses do que seu alfabeto, mas minha mãe diz que normalmente aprendo muito rápido e eu já decidi que serei uma assistente social também quando crescer. Entrei para o clube de basquete em Tóquio, mas não gosto muito desse esporte. Odeio esportes e adoro assistir animes e ler mangás.

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